A aventura Chilena. Parte 1: uma viagem diferente de todas.

Prefeitura de Santiago do Chile decorada.

Eu só queria viajar, sair do mesmo, esquecer a rotina, as coisas que me faziam mal. Conhecer lugares novos, pessoas novas, valores novos.

No ano anterior a esta viagem eu estava em Portugal, estudando na Universidade do Minho e comendo sanduíches para poder viajar no final do ano para algum lugar bacana. Tá ok, estava bebendo bastante cerveja com o resto dos intercambistas das diferentes partes do mundo (a cerveja lá era incrivelmente barata. E boa!).

Eu recém havia voltado do meu intercâmbio! Que diabos acontecia comigo? Era ter um pouco mais de dinheiro entrando, um pouco mais de tempo – que no final das contas era sempre a desculpa que mais me impedia de fazer as coisas – e lá me começava a ansiedade de colocar o pé na estrada novamente.

A decisão

Bom, 2013 não foi diferente. Como meus recursos financeiros estavam bem limitados, procurei um lugar aqui pela América do Sul que fosse barato e que eu não precisasse despender tanto com passagem aérea. Procurei sem muito esforço porque a vontade era tão grande que qualquer lugar me serviria. Vi uma passagem para o Chile que estava em conta. Já tinha feito uma viagem ao Chile como formatura do meu ensino médio e simplesmente amei. Povo era hospitaleiro, educado (até mesmo com os adolescentes que fazem bagunça no hotel, sabe?). Eu tenho, até hoje, lembranças muito boas dessa viagem.

Chile….. cordilheira….. lagos….. hm, parece um destino legal.

Comprei a passagem no mesmo dia e comecei a tentar conhecer mais sobre as cidades, destinos, onde eu poderia ir e o que eu poderia fazer. Li algumas coisas sobre os diversos parques de preservação espalhados pelo País e me interessei bastante pelo programa. Desligar totalmente do mundo, por uns tempos, parecia realmente que me faria bem. Quando procurava mais informações sobre o deslocamento até esses lugares, notei que muita gente falava em carona… eu já tinha feito uma pequena viagem de carona, na Bélgica, de Bruxelas até Leuven. Estendi um cartaz, levantei o braço e um tempo depois me faziam sinal para entrar no carro. Essa é uma outra história, mas o fato é que eu já tinha feito isso, e foi sensacional!

Passaram-se alguns dias e meu ano de 2014 já estava praticamente todo planejado. Muito trabalho e estudo. Me indicaram para fazer parte, como voluntário, de uma organização chamada AIESEC, que eu só conhecia pelo nome e sabia que realizavam intercâmbios sociais (outra hora te conto mais). Além disso, fui convidado para trabalhar numa agência digital aqui na cidade, o que me dava um pouco mais de segurança financeira para a viagem, mas isso somado ao meu Projeto Experimental de Publicidade e Propaganda (um dos trabalhos de conclusão de curso da UNIVALI), o ano de 2014 iria consumir minha alma!

Planejar é preciso, mas não é tudo

Todas essas grandes notícias, no final do ano, fizeram me preocupar com meus projetos em andamento. De alguma forma eu teria que terminar tudo antes da minha viagem. De fato foi o que aconteceu, algumas madrugadas sem dormir, quase 20 horas por dia na frente do computador, e consegui terminar as minhas pendências. Mas toda a energia desprendida para isso fez com que eu não tivesse tempo para uma coisa que era importante pra mim: planejar a viagem.

Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir.

Amyr Klink

Quer saber? vou  fazer uma viagem relaxada, sem muito roteiro, sem muito compromisso. Só tenho uma vontade: chegar até a patagônia Chilena. E conhecer o maior número de parques possíveis. E viajar de carona.

Para que mais planejamento do que isso, né? Afinal, eu tinha comprado um guia Lonely Planet!! Defini as cidades que eu teria que parar para visitar os parques que valiam mais a pena, montei minha mochila, munido de barraca, saco de dormir, um colchonete anti-umidade, panela e frigideira pequenas, um mini fogareiro (mini mesmo!), mais um par de xícaras e pratos, para caso eu encontrasse algum viajante solitário. A roupa pesada de frio eu decidi comprar lá, porque julguei que seria mais barato e mais fácil de encontrar.

Comecei, então, a procurar hospedagens. Como eu não tinha muitos planos, não poderia faze reservas em hostels ou nada. Então pensei em procurar Couchsurfing. Eu já tinha sido hospedado por pessoas que usavam a rede social, e também já tinha hospedado viajantes. Logo encontrei um host em Santiago, que se dispôs a me hospedar por uma noite na capital. Era o máximo de planejamento que eu teria nos próximos 42 dias.

2 Replies to “A aventura Chilena. Parte 1: uma viagem diferente de todas.”

  1. Nuno Pedro Fernandes says: Responder

    Let’s go!!

  2. Só amores! ♥
    I’m eager to travel through your stories 🙂
    Te amo!

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